A falta de apoio contra o assédio em faculdades e escolas

Ambiente estudantil acompanha cenário nacional de violência contra a mulher

 

Por Andrey Furmankiewicz e Bernardo Carabolante

[Imagem: Reprodução/Freepik]
[Imagem: Reprodução/Freepik]

A cada dia, aumentam os relatos de assédio em faculdades e escolas, mas a resposta institucional ainda é insuficiente. Os estudantes enfrentam frequentemente ambientes hostis, onde prevalece a cultura do silêncio. Muitos se sentem desanimados em buscar ajuda, enfrentando burocracias e falta de canais de denúncias efetivas.

Movimentos sociais, como a própria Olga Benário, têm lutado para trazer à tona esses casos, mas a resistência institucional e o medo de represálias ainda inibem as vítimas. Metade dos estudantes da rede pública do Estado de São Paulo disse ter sofrido algum tipo de violência no último ano, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

O movimento Olga Benário atuando nas ruas de São Paulo a favor das mulheres. [Imagem: Reprodução/Instagram/@movimentoolga.sp]
O movimento Olga Benário atuando nas ruas de São Paulo a favor das mulheres. [Imagem: Reprodução/Instagram/@movimentoolga.sp]

“A falta de propostas para enfrentar esse processo de violência é da instituição”

Julia Brás

A implementação de políticas de apoio e educação sobre gênero e respeito é urgente. Faculdades e escolas precisam criar um ambiente seguro e acolhedor, onde todos se sintam encorajados a denunciar. A mudança começa com a conscientização e a responsabilização, transformando o ambiente acadêmico em um espaço de respeito e igualdade. Julia ainda afirma que “só enfrentamos essas violências com luta e organização”.